quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Uma casa na Escuridão

Uma Casa na Escuridão, de José Luís Peixoto


Neste livro, o autor retrata a vida de um escritor que vive numa casa longe de tudo e de todos, acompanhado pelos inúmeros gatos com quem partilha a casa, que tem uma vista incrível para as montanhas. Nesta casa vivem também a mãe do escritor e uma escrava.
Este escritor é a personagem principal da história. A sua mãe era uma mulher gorda e descuidada desde que perdeu a vitalidade quando o seu marido faleceu. O pai do escritor também tinha a paixão de escrever, sendo este que lhe ofereceu a esferográfica com a qual o escritor escreveu o seu primeiro livro.
O tema principal da história é o amor obsessivo que ele tem por uma mulher que não existe no mundo real, apenas na sua mente, bastando-lhe, quando quer estar com, fechar os olhos e imaginá-la.
Ele considera esta mulher o amor da sua vida, a mulher mais linda do mundo, e considera que é ela que lhe dá forças para viver.
Ao longo da história é-nos revelado o caso que o pai tinha com a escrava Madalena, que era a mãe da sua escrava atual, Miriam.
Um dia o escritor foi à prisão ter com o seu editor para lhe mostrar a sua obra, mas sentiu-se enojado quando viu os olhos do editor a ler a sua obra, aparentando gostar do que lia.
Dias depois o editor tentou fugir da prisão, mas foi morto por um dos guardas. Aparentemente o escritor revelou-se contente com este acontecimento. Entretanto o seu amigo de infância, o príncipe Calitri, voltou de uma viajem pelo mundo e apaixonou-se pela escrava Miriam.
Um dos episódios mais chocantes que o escritor de vinte e cinco anos narrou foi o do seu décimo oitavo aniversário, quando o seu pai, às portas da morte, chamou todos para junto de si e com um machado matou a escrava Madalena, com quem muitas vezes se fechara nos quartos da casa, enquanto a sua esposa limpava as lágrimas e tomava conta do seu adorado filho. Quando a escrava cai coberta de sangue em cima do assassino, este mata-se.
Na sequência deste episódio, o escritor mostra-se traumatizado e deseja morrer.
Logo no principio de uma aterrorizante invasão militar, os braços e as pernas do escritor são amputadas, ao seu amigo príncipe Calitri é retirado o coração, furaram os ouvidos à sua mãe, que volta a ser infeliz impedida de ouvir a música do violinista; a este, são amputados os braços e dois estranhos são feitos prisioneiros também na casa do escritor, que agora é frequentada por soldados, mulheres e crianças. Estes dois estranhos vieram já maltratados, um, a quem deram o nome de ninguém, não tinha olhos, nem voz , nem ouvia, o outro tinha um buraco no estômago. A escrava Miriam tornou-se escrava sexual de todos os soldados que lá habitavam. Ao fim de muitos dias intensos de mágoa, a mãe do escritor mata-se, atirando-se ao poço que havia ao fundo da casa. Ao longo destes dias cheios de tristeza, o príncipe de Calitri e a escrava Miriam apaixonam-se.
Na casa eles todos tinham uma função, e a função do protagonista era simplesmente olhar pelas crianças. As crianças tomavam-no como um brinquedo. Este, sem pernas e sem braços, era dependente de todos, inclusive das crianças, que ao fim de uns tempos se tornaram amigas dele. Tentavam transmitir-lhe piedade e amor. Uma das mulheres que alimentava as crianças, antes das invasões, era tradutora dos seus livros, e torna-se companheira do protagonista. Devido à má alimentação, falta de higiene e de condições, a peste alastrou-se e invadiu a casa. As crianças foram a sua primeira vítima. Os soldados frios e cruéis matam todas as crianças na frente de suas mães. Estas também são mortas quando os soldados descobrem pedaços de carne podre nos seus corpos. O pânico torna-se incontrolável, todos da casa descobrem que estavam a morrer. Então, os soldados fogem da casa deixando-os em paz.
A primeira tarefa que o os amigos do protagonista fazem é retirar todos os corpos mortos das crianças e das mulheres e enterrá-los no cemitério. De seguida, o homem a quem foi retirado o  estômago, revela que na verdade é uma mulher, uma mulher que estava grávida e a quem os soldados tinham retirado o filho, deixando-lhe um buraco na barriga. Depois do grande choque  provocado por esta revelação, ela o ninguém e o violinista saem da casa, sem destino marcado. Os apaixonados decidem também abandonar a casa, e o protagonista, incapacitado de fazer alguma coisa sozinho, encontra-se sem ninguém na casa, e pela janela vê Miriam e Calitri de mãos dadas a percorrerem a entrada da casa até à estrada, e, no final, eles separem-se e seguirem caminhos diferentes.
Por fim, o protagonista sente-se a morrer, e ao abrir os olhos, encontra a sua mulher perfeita, o fantasma desconhecido, e a personagem principal da sua história nunca publicada. Esta diz-lhe que o ama, que está pronta para o receber e ele morre.



José Luís Peixoto







A Relíquia, de Eça de Queiroz





Teodorico vivia com o pai, a mãe morreu no dia em que Teodorico nasceu. Quando ele fez sete anos o pai morreu. Passados alguns dias, numa madrugada, vieram busca-lo para ir para a casa da tia Patrocínio, que era uma mulher muito devota. A tia Patrocínio criou Teodorico nessa devoção, obrigando-o a orar constantemente e preparando-lhe um futuro no sacerdócio. No entanto, na juventude, Teodorico apaixonou-se por uma mulher chamada Adélia e ia visitá-la todas as noites, sem a tia saber, caso contrário seria expulso de casa.Certo dia, Teodorico encontrou outro homem na casa de Adélia e esta disse que era o seu sobrinho Adelino, mas a criada dela esclareceu a Teodorico que Adelino era o 'querido' Adélia e não o sobrinho. Teodorico, desolado, foi para casa sofrendo muito. A tia propôs a Teodorico que fizesse uma viagem a Jerusalém para ver o túmulo de Jesus Cristo. Ao início, a ideia não agradou a Teodorico, mas depois de saber os sítios que ia visitar até chegar a Jerusalém, mudou de ideias e aceitou fazer a viagem. A tia disse-lhe para lhe trazer uma relíquia que ele encontrasse na viagem para lhe dar. 

Durante essa viagem, houve acontecimentos muito divertidos. Recomendo que leiam esse livro, por ser muito interessante.