quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

A Encomendação das Almas - João Aguiar


O título do livro é A Encomendação das Almas. O autor é João Aguiar que nasceu em Lisboa em 28 Outubro de 1943. Com 19 anos, teve a sua primeira experiência como jornalista, trabalhando no telejornal da RTP. Na faculdade tirou o curso de filosofia, mas interrompeu para se licenciar em jornalismo na Universidade Livre de Bruxelas. Só em 1992 abandona a sua carreira jornalística e se dedica à escrita.
O autor publicou várias obras, entre as quais A Encomendação das Almas, em 1995, pelo Círculo de Leitores. 
Quando peguei neste livro, pensei: Será tão bom como parece? Quando me dirigi ao bibliotecário, perguntei-lhe a sua opinião sobre o livro. Este respondeu que foi muito requisitado, portanto é bom.
Então, as minha expectativas eram altas e isto verificou-se na leitura.
Este livro tem como personagem principal o Zé da Pinta, que era um coitado na sua vizinhança. Ele não era exemplo para ninguém, não era assíduo nas aulas e, nas poucas vezes que ia, a sua alma não estava presente. Os pais de Zé da Pinta sofriam muito com isto, não se sentiam capazes de assegurar um bom futuro ao seu filho. Zé da Pinta tinha como passatempo favorito ver as nuvens dilatar-se com os tons de azul, de branco e cinzento ou com o brilho de sol e das estrelas ou com a luz serena e fria da lua. Ele distraía-se com muita facilidade ao ver o céu. Ele conhecera uma artista de circo e ambos deram-se bem. No dia em que essa moça se ia  embora, tinha havido uma tempestade e Zé da Pinta preferiu ficar a olhar o céu a despedir-se dela.
Os pais de Zé da Pinta estavam fartos de o seu filho ser um desastre na escola e, no seu segundo ano, o pai decidiu dar-lhe um castigo, que era um trabalho. No primeiro ano deste trabalho, o Zé da Pinta simplesmente estaria em aprendizagem e não ia receber ordenado nenhum. Desde aí revelou-se uma interessante qualidade em Zé da Pinta: desmontar e tornar a montar as peças de outra forma que trabalhasse.
Mas como ele já tinha a fama de não ser capaz de nada, os pais falaram com uns tios que moravam longe e ele foi trabalhar para uma mercearia. Neste trabalho, ele ainda se distraía facilmente com o céu. Mas com o tempo foi conseguindo ganhar o respeito dos tios e do povo de Santa Cruz e entrou numa rotina harmoniosa.
A sua tia Genevona, sempre que o seu marido estava ausente, exigia do seu sobrinho favores sexuais em troca do quarto onde dormia.  
O tio Albertino impôs uma alteração à rotina de Zé da Pinta, que passou a ter funções durante o dia. Assim Zé da Pinta passou mais tempo na casa velha de seu amigo Gonçalo Nuno que passava os dias a ler livros na sua biblioteca enquanto Zé da Pinta criava engenhos incríveis que só os dois viam funcionar.
Zé da Pinta desmontava máquinas que deveriam ficar imóveis e moviam-se apesar de se encontrarem em posições diferentes. Seu amigo Gonçalo Nuno deu motivação para transformar peças à sua maneira até dispensou uma sala pequena que lhe servia de oficina. Ele arranjava peças numa lixeira.

Certo dia Zé da Pinta conseguiu criar algo que funcionasse, uma centrifugadora de frutas. E deixo-vos, assim, mais informados sobre o livro. Aconselho-vos a lê-lo porque há muito a descobrir.  

2 comentários:

  1. Através da observação da capa deste livro, deduzo que seja um livro um quanto estranho, bem como bizarro. Mas minhas expectativas automaticamente desvaneceram-se na leitura do teu texto alusivo ao livro.
    Não parece ser um livro mau, pelo contrário. Este livro tem uma mensagem moral a transmitir:"Não percas esperanças. encontrarás algo que te sáias bem". E assim, o leitor fica auto-motivado a investir sua trapalhice em algo produtivo como Zé da Pinta conseguiu.
    É de facto um livro muito inspirador e revela o que há de muito hoje em dia, que é a especialidade. Ninguém é bom em tudo, somente em uma especialidade. Sendo assim, as pessoas dominam um vasto leque de conhecimentos referentes a um campo - especialidade. Portanto, é um livro, espero não estar errado, pedagógico e assim vale toda a pena ler. Eu gostei do livro e espero um dia chegar a lê-lo.
    Sei que já o leste, por isso desejo-te uma boa realização do seu resumo, Carina!

    ResponderEliminar
  2. Tiago este livro é o oposto de estranho e bizarro, como já entendes-te no resumo! Fico contente que tenhas o mesmo interesse em lê-lo dou-te a minha palavra que vale a pena ler este livro. Ele encontra-se na biblioteca da escola. Desejo-te uma boa leitura *

    ResponderEliminar